Hidrolisado proteico de carne mecanicamente separada de tilápia-do-nilo

Cassandra Meireles Terres-Ribeiro, André Marcelo Knak, Rosana Aparecida da Silva Buzanello, Denise Pastore de Lima, Roberto Montanhini Neto, Ricardo Pereira Ribeiro

Resumo


O objetivo deste trabalho foi obter, por via enzimática, um hidrolisado proteico de tilápia em pó, por dois métodos de secagem, e realizar uma caracterização físico-química dos produtos finais, bem como avaliar sua estabilidade térmica. Foram realizadas análises de composição proximal, aminograma, perfil de ácidos graxos, pH, cor, atividade da água e análises microbiológicas. A proteína bruta foi o componente proeminente, com 87% no pó obtido por secagem por aspersão e 89% no pó liofilizado, e não apresentou diferença estatística. As amostras não apresentaram crescimento bacteriano, o que pode estar associado à baixa atividade de água dos produtos. As amostras secas tiveram b* positivo, e as amostras secas por liofilização mostraram-se mais amareladas do que as obtidas por aspersão. A secagem em ambos os métodos promoveu luminosidades semelhantes, próximas à cor branca. Na análise térmica, as amostras apresentaram perda de massa de 26% a 200°C, e a degradação foi observada a temperaturas a partir de 290°C. A hidrólise enzimática é eficiente, e os hidrolisados proteicos de tilápia em pó contém todos os aminoácidos essenciais. O hidrolisado apresenta teor de proteína semelhante em amostras secas por aspersão e liofilizadas, e os produtos finais são estáveis em altas temperaturas.


Palavras-chave


Oreochromis niloticus; subproduto de pescado; hidrólise; suplemento proteico

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