Interferência de plantas daninhas no acúmulo de nutrientes em folhas de mandioca sob plantio direto ou plantio convencional

João Ricardo Pompermaier Ramella, Jaqueline de Araújo Barbosa, Silvio Douglas Ferreira, Emerson Fey, Neumarcio Vilanova da Costa

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da competição de plantas daninhas sobre o acúmulo de nitrogênio e fósforo nas folhas e sobre a massa seca das raízes de mandioca (Manihot esculenta), nos sistemas convencional e direto, em dois ciclos de cultivo. Os experimentos foram realizados em delineamento de blocos ao acaso, com parcelas subsubdivididas e quatro repetições. As parcelas consistiram do plantio convencional ou do plantio direto; as subparcelas, da competição ou não com plantas daninhas; e as subsubparcelas, dos períodos de avaliação (0, 25, 50, 75, 100, 125, 150, 175, 200 e 225 dias após o plantio/poda). No primeiro ciclo, a competição com plantas daninhas reduziu o acúmulo de nitrogênio em 82,6 e 81,3% e o de fósforo em 65,7 e 85,3%, no plantio convencional e no plantio direto, respectivamente. No segundo ciclo, as reduções no acúmulo de nitrogênio foram de 41,1 e 52,4% e, no de fósforo, de 44,1 e 52,6%, no plantio convencional e no plantio direto, respectivamente. A massa seca das raízes de mandioca cultivada sob competição de plantas daninhas apresentou reduções de 15,8 e 11,2% no plantio convencional e no plantio direto, respectivamente, apenas no segundo ciclo. A competição de plantas daninhas reduz o acúmulo de nitrogênio e fósforo nas folhas de mandioca, nos sistemas convencional e plantio direto, em ambos os ciclos de cultivo, mas reduz a matéria seca das raízes de mandioca apenas no segundo ciclo.


Palavras-chave


Manihot esculenta; nitrogênio; fósforo; massa seca de raiz

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