Roscovitina para o atraso da progressão meiótica em oócitos de ovelhas pré-púberes

Letícia Ferrari Crocomo, Federica Ariu, Luisa Bogliolo, Daniela Bebbere, Sergio Ledda, Sony Dimas Bicudo

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da roscovitina na inibição reversível de oócitos de ovelhas pré-púberes, no estádio de vesícula germinativa (VG), e investigar a cinética da progressão da meiose após a remoção do inibidor. Complexos cumulus-oócito, recuperados de cordeiras da raça Sarda com 30–40 dias, foram cultivados por 6 horas em meio de maturação (controle) contendo 75 µmol L-1 de roscovitina (Rosco) a 38,5°C e 5% de CO2. Em seguida, os complexos foram submetidos à maturação in vitro (MIV) por 18 ou 23 horas, em meio isento de inibidor, suplementado com gonadotrofinas. A avaliação da configuração nuclear em coloração Hoescht, sob microscópio invertido de fluorescência, revelou que 88,7% dos oócitos tratados permaneceram no estágio VG, conforme observado para os imaturos (97,3%) corados após a coleta. Essa inibição foi reversível; contudo, a proporção de oócitos (83,3%) em metáfase-II, após 23 horas de MIV, foi significativamente maior do que a observada após 18 horas (29,5%), em que a meiose ainda estava em progressão com 34,2% de oócitos em metáfase-I, 11,6% de oócitos em anáfase-I e 18,5% de oócitos em telófase-I. A roscovitina é eficiente no bloqueio da maturação nuclear em oócitos de ovelhas pré-púberes; no entanto, apesar da reversibilidade, a progressão da meiose é retardada e requer mais tempo para ser concluída.


Palavras-chave


Ovis aries; complexo cumulus-oócito; inibidor; cordeira; meiose; maturação nuclear

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