Volatilização de amônia e produção de milho fertilizado com diferentes fontes de nitrogênio no semiárido brasileiro
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do uso de diferentes adubos nitrogenados nas perdas de N por volatilização de NH3 e no rendimento de grãos de cultura de milho (Zea mays) na região semiárida do estado de Sergipe. O milho foi manejado sob condições de sequeiro e preparo convencional. Os tratamentos de fertilização foram: ureia revestida com enxofre (SU) e ureia organomineral (OMU). Também foram incluídos ureia comercial e sulfato de amônio (SA) como referência de fontes de N com alto e baixo potencial de volatilização de NH3, além de um controle não fertilizado com N. As fontes de N foram aplicadas na superfície do solo a uma taxa de 150 kg ha-1 de N, como cobertura, no estádio V5 de crescimento do milho. O experimento foi realizado em 2015 e repetido em 2016. As perdas de N pela volatilização de NH3 foram diferentes entre as fontes de N nos dois anos de estudo, com SA tendo apresentado a menor perda de N e ureia comercial, a maior. Na área tratada com OMU, as perdas pela volatilização de NH3 foram controladas de forma consistente, tendo mostrado redução de 74 e 67% em relação à da ureia regular em ambos os anos. SU, no entanto, apenas mitigou as perdas de NH3 em 2015, tendo as aumentado em 2016, em comparação à ureia comercial. O rendimento de grãos e o status de N da planta de milho, avaliados pela folha-índice, não refletiram claramente a perda de N pela volatilização de NH3. Para o semiárido de Sergipe, OMU é o melhor fertilizante à base de ureia para mitigar as perdas de N pela volatilização de NH3, e o uso de SA é uma alternativa para aumentar o rendimento do milho e eliminar as perdas de N como NH3.
Palavras-chave
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