Composição morfológica da forragem consumida por bovinos de corte durante o rebaixamento do capim-marandu submetido a estratégias de pastejo rotativo

Júlio Kuhn da Trindade, Sila Caneiro da Silva, Salim Jacaúna de Souza Junior, Alessandra Aparecida Giacomini, Cauê Varesqui Zeferino, Victor Del Alamo Guarda, Paulo César de Faccio Carvalho

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de estratégias de pastejo rotativo sobre a composição morfológica da forragem consumida por bovinos de corte em pastos de Brachiaria brizantha cv. Marandu. Os pastejos foram realizados sempre que o dossel atingia 95 ou 100% de intercepção luminosa (IL) até as alturas pós-pastejo de 10 e 15 cm. Foi avaliada a composição morfológica das extrusas coletadas de animais fistulados no esôfago em três etapas ao longo do rebaixamento dos pastos. À medida que o rebaixamento progrediu, a proporção de lâminas foliares na extrusa diminuiu e a de colmos e de material morto aumentou. Pastejos iniciados com 100% de IL ou realizados até a altura pós-pastejo de 10 cm resultaram em menor proporção de lâminas foliares e maior de colmos e de material morto. O tratamento 95/15 foi consistente entre os tratamentos que apresentaram as maiores proporções de lâminas foliares e menores de colmos e de material e, mesmo no final do rebaixamento, apresentou, ainda, mais de 50% de proporção de lâminas foliares na extrusa. Os resultados obtidos indicam que, durante o rebaixamento do dossel, pastejos mais freqüentes e menos severos proporcionam aos animais a obtenção de dietas com elevada proporção de lâminas foliares, o que deve aumentar o valor nutritivo da forragem consumida.

Palavras-chave


Brachiaria brizantha; composição da dieta; fístula esofagiana; extrusa; componentes morfológicos; rebaixamento do pasto

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