Herbicidas aplicados na soja e produtividade do milho em sucessão

Jorge Paulo Artuzi, Robinson Luiz Contiero

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito residual de herbicidas aplicados na cultura da soja sobre a produtividade do milho em semeadura subseqüente. Foram instalados cinco experimentos na safra agrícola 2002/2003, com delineamento em blocos ao acaso e quatro repetições. Cada experimento correspondeu ao período decorrido entre a aplicação dos herbicidas e a semeadura do milho: zero (semeadura no mesmo dia da aplicação), 30, 60, 90 e 120 dias após aplicação (daa). Os experimentos foram compostos por oito tratamentos (herbicidas diclosulan, sulfentrazone, imazaquin, imazethapyr, fomesafen, lactofen, e chlorimuron-ethyl e um tratamento testemunha), e o efeito dos herbicidas sobre a cultura do milho foi avaliado pela fitotoxicidade e a produtividade. O efeito da fitotoxicidade foi acentuado a zero e 30 daa, e apresentou correlação direta com a redução da produtividade de milho, principalmente quanto aos herbicidas diclosulan e imazaquin. Aos 60 daa não houve correlação direta entre a fitotoxicidade e a produtividade, demonstrando que a cultura do milho apresentou boa capacidade de recuperação. Aos 90 e 120 daa não ocorreram sintomas de fitotoxicidade em nenhum dos tratamentos. Os produtos utilizados apresentaram efeito residual sobre a cultura do milho, principalmente quando foi semeado até 60 dias após aplicação dos herbicidas.

Palavras-chave


Glycine max; Zea mays; fitotoxicidade; cultivo sucessivo

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