Efeitos ambientais na capacidade fotossintética de genótipos de feijoeiro
Resumo
Foram avaliadas as respostas fotossintéticas às variações diárias do ambiente nos genótipos de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) ‘Carioca’, ‘Ouro Negro’ e Guarumbé. Curvas de resposta da assimilação de CO2 e condutância estomática (gs) à luz foram realizadas em condição ambiental controlada (ótima). Nessa condição a assimilação de CO2 de ‘Carioca’ não foi saturada mesmo a 2.000 mol m-2 s-1, enquanto Guarumbé e ‘Ouro Negro’ apresentaram diferentes níveis de saturação lumínica. Os genótipos mostraram fotoinibição dinâmica e aumento reversível da fluorescência mínima da clorofila em condição natural, assim como menor capacidade fotosintética quando comparada à sob condição controlada. Uma vez que Guarumbé e ‘Ouro Negro’ apresentaram valores similares de gs em ambas condições ambientais, a menor capacidade fotossintética desses genótipos sob condição natural parece ser causada pelos efeitos da alta temperatura nas reações bioquímicas, como sugerido pelo aumento dos drenos alternativos de elétrons. Os maiores valores de gs em ‘Carioca’ foram observados em condição controlada, podendo a redução da capacidade fotossintética em condição natural ser atribuída aos baixos valores de gs em adição aos efeitos da alta temperatura no aparato fotossintético. ‘Carioca’ exibiu as maiores taxas fotossintéticas em condições ambientais ótimas, sendo mais afetado pelas mudanças diárias de temperatura do ar e diferença de pressão de vapor folha-ar.
Palavras-chave
Phaseolus vulgaris; fluorescência de clorofila; fotossíntese; trocas gasosas
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