Alelopatia de frutos de erva-mate (ilex paraguariensis) no desenvolvimento do milho

Cíntia Pilotti Miró, Alfredo Gui Ferreira, Maria Estefânia Alves Aquila

Resumo


Este trabalho foi realizado com o objetivo de estudar o efeito alelopático dos frutos maduros de erva-mate (Ilex paraguariensis St.Hil.) sobre a germinação e crescimento do milho híbrido SAVE 484 (Zea mays L.), e, subsidiariamente, se o tempo de permanência dos frutos no solo interferiria em seu efeito alelopático. Frutos maduros de erva-mate (erveira) foram adicionados a vasos com solo corrigido com vistas à cultura do milho. Sementes foram semeadas logo após a incorporação dos frutos e 30 e 60 dias depois. Também foram realizados experimentos em laboratório com extratos dos frutos e PEG 6000, agente osmótico, em concentrações semelhantes aos extratos, para se poder separar o efeito osmótico do alelopático. A germinação e a emergência do milho não foram afetadas, nem em solo de campo, nem em laboratório com substrato papel; porém, seu crescimento e desenvolvimento foram afetados. Altura da planta, comprimento do primeiro entre-nó, peso seco da parte aérea e da raiz, comprimento das folhas, número de raízes adventícias e comprimento da raiz primária foram afetados pela presença dos frutos ou dos seus extratos, o que mostra uma inibição do desenvolvimento, causada pelos possíveis aleloquímicos presentes. O número de pêlos absorventes das raízes do milho mostraram ser um parâmetro extremamente sensível a substâncias alelopáticas, as quais perduram no solo pelo menos por 60 dias após a incorporação dos frutos maduros da erva-mate.


Palavras-chave


potencial osmótico; reação aleloquímica; Zea mays

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