Estudo dos efeitos da restrição alimentar nas características das fibras musculares de bovinos jovens confinados

Mário de Beni Arrigoni, Paulo de Figueiredo Vieira, Antonio Carlos Silveira, Luiz Roberto Furlan, Vitalino Dal Pai, Ciniro Costa, Luis Artur Loyola Chardulo, Henrique Nunes de Oliveira

Resumo


Foram avaliadas as respostas da restrição alimentar em bovinos jovens confinados quanto à composição das fibras musculares e respectivas áreas, amostradas pelo método de biópsia no músculo semitendinoso. Utilizaram-se 66 bovinos inteiros mestiços Simental - Nelore, com 8 meses e peso médio de 220±34,03 kg, submetidos a três tratamentos na fase 1 (crescimento): Ad libitum (AL); restrição + soja crua (RSC); e restrição + soja tostada (RST), com duração de 84 dias, sendo o nível de restrição em torno de 23%. A fase 2 (terminação) foi composta da divisão de cada um dos tratamentos em dois lotes: um com soja e outro com cama de frango. Os resultados mostraram que os animais do tratamento AL apresentaram maior freqüência de fibras brancas (FG), comparados aos do RSC e RST, e maior área dessas fibras. Maior freqüência de fibras vermelhas foi observada nos tratamentos RSC e RST. Concluiu-se que a restrição alimentar e conseqüente ganho compensatório favoreceu a modulação dos três tipos de fibras, aumentando a freqüência das fibras intermediárias (FOG) em 10,88%, e diminuindo as vermelhas (SO) e FG em 4,81 e 6,90%, respectivamente, com possíveis alterações na qualidade da carne.

Palavras-chave


confinamento; fibras musculares; mestiços Simental-Nelore

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