Potencial das gramineas do gênero Digitaria para produção animal na Região Sudeste do Brasil

Resumo

Desde 1950, diversas gramíneas forrageiras do gênero Digitaria foram introduzidas na Região Sudeste do Brasil, das quais algumas apresentam características que se recomendam para a pecuária bovina, em especial para a leiteira. São elas os capins pangola, pangola A-24, transvala, suázi, survenola e pentziana, estas duas últimas, híbridas, produzidas na Universidade da Flórida. O Pangola chegou a ter grande importância na Região ocupando extensas áreas de pastagens, porém teve sua utilização muito diminuída devido ao ataque de cochonilhas, assim como o A-24. O transvala, introduzido posteriormente, apresentou características superiores às dos dois anteriores, já tendo sido testado por mais de 20 anos. O suázi tem a grande vantagem da maior competitividade com as plantas invasoras de pastagem e da maior resistência ao pisoteio. A digestibilidade destas duas gramíneas é em tomo de 64%. Dos dois híbridos ultimamente introduzidos, o survenola tem apresentado produção de forragem 15% superior à do transvala e do suázi, e a digestibilidade 4% maior, enquanto o pentziana apresenta digestibilidade igual à do survenola e produção ligeiramente inferior. As gramíneas do gênero Digitaria apresentam qualidades que as recomendam para pastagem na Região Sudeste do Brasil. São especialmente recomendadas para a produção intensiva de leite e carne com base em pastagens.