Base genética das cultivares de arroz (Oryza sativa L.) irrigado do Brasil
Resumo
Foram analisadas as genealogias de 42 cultivares de arroz irrigado recomendadas para cultivo no Brasil, de 1980 a 1992. Verificou-se que apenas dez ancestrais contribuem com 68% do conjunto gênico das variedades brasileiras de arroz irrigado. Considerando as cultivares mais plantadas nos principais estados produtores de arroz irrigado, constata-se que sete ancestrais são mais freqüentes nos pedigrees e são responsáveis por 70% dos genes. Diante desses dados, mesmo que se admita que esses ancestrais não estejam relacionados geneticamente, reconhece-se a necessidade de aumentar a base genética das cultivares de arroz irrigado do Brasil, para se quebrar o platô de produtividade e se evitarem riscos de vulnerabilidade genética. Quatro alternativas são sugeridas para ampliar a base genética: a) utilização de genitores geneticamente divergentes e com características adequadas, provenientes de outros programas de melhoramento; b) utilização de variedades tradicionais em cruzamentos múltiplos com linhagens elites melhoradas; c) sintetização de população de ampla base genética, utilizando-se a macho-esterilidade genética, e condução dessas populações pela seleção recorrente; e d) utilização de espécie selvagem de arroz, principalmente Oryza glumaepatula.
Palavras-chave
conjunto gênico; vulnerabilidade genética; platô de produtividade
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