Formação e bioliberação de resíduos-ligados de pesticidas em dois solos brasileiros. I. [¹⁴C] - lindane
Resumo
A contaminação do solo após aplicação de pesticidas é freqüente, e o uso de moléculas radiomarcadas provou a existência de resíduos não extraíveis ou ligados, que permanecem firmemente ligados à matriz do solo. A magnitude de formação de resíduos-ligados varia de acordo com o composto aplicado, mas pode constituir uma parte significativa dos resíduos que permanecem no solo. A formação de resíduos extraíveis e ligados a partir de 14C-lindano foi estudada imediatamente e três meses após a aplicação do pesticida. O metabolismo, a bioliberação e a possível biodisponibilidade dos resíduos-ligados no que tange ao feijoeiro, foram investigados através do uso de frascos biométricos. Os resultados mostram que a formação e a bioliberação de resíduos-ligados de lindano variaram de acordo com o tipo de solo e com o tempo de envelhecimento do composto no solo. Ocorre uma ligação gradual, porque os resíduos-ligados formados imediatamente após a aplicação foram liberados mais facilmente do que os resíduos-ligados produzidos após um tempo de interação do lindano com os solos. Porém, embora alguma bioliberação tenha ocorrido, principalmente por ação da microflora, uma parte dos resíduos-ligados permanecem como resíduos ainda ligados mesmo após a ação da microflora e da rizosfera, sendo, então, inativada.
Palavras-chave
pesticida; composto aplicado; metabolismo; biodispo; feijoeiro; microflora; rizosfera
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