Controle bacteriológico de mosquitos e simulídeos: aspectos atuais e perspectivas de pesquisa

L Nicolas

Resumo


O controle biológico de mosquitos e borrachudos que transmitem graves doenças, é feito principalmente com Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) e Bacilus sphaerfcus. A inexistência de toxicidade para outros organismos comn os quais se relaciona no meio ambiente, favoreceu a sua utilização nos programas de controle de vetores. O Bti é utilizado não só no controle de simulídeos como também no combate à maioria das espécies de mosquitos. O espectro de ação do B. sphaericus é restrito ao gênero Culex com pouca toxicidade contra o gênero Anopheles e algumas espécies de Aedes. Contudo, ao contrário do Bti, a toxicidade B. sphaericus persiste em águas poluídas e por esta razão esta bactéria tem sido muito utilizada contra os mosquitos urbanos do gênero Culex. Recentes avanços no estudo das toxinas bacterianas e em engenharia genética abriram caminho para o desenvolvimento de novas formulações, modificando o espectro de ação de Bti ou B. sphaericus e introduzindo genes de toxinas em microorgamsmos que servem como alimento para os mosquitos como por exemplo cianobactéria. Será também discutida a pesquisa em andamento em nosso laboratório com Clostridium bifermentam serovar malaysia, uma linhagem anaeróbica que recentemente se descobriu ser extremamente tóxica para mosquitos e borrachudos. Esta é a primeira vez que um anaeróbico tóxico para dípteros é isolado e isto permite encontrar novas toxinas, diferentes das conhecidas de B. sphaericus e B. thuringiensis.


Palavras-chave


larvicidas; controle biológico; <i>Bacillus thuringiensis; Bacillus sphaericus; Clostridium bifermentans</i>; controle de <i>Culex</i>; aumento persistente dos grupos; elaboração de bioinseticidas; inseticidas biológicos

Texto completo:

PDF


Embrapa Sede, Superintendência de Comunicação,
Parque Estação Biológica - PqEB - Av. W3 Norte (final) Caixa Postal 040315 - Brasília, DF - Brasil - 70770-901
Fone: +55 (61) 3448-2461