Interações em cadeias alimentares de três níveis que afetam o êxito em projetos de controle biológico

Resumo

É desenvolvida a tese de que o conhecimento de padrões num sistema de três níveis tróficos entre plantas, insetos herbívoros e inimigos naturais, é um passo necessário para o desenvolvimento de uma teoria sobre sistemas naturais e controle biológico aplicado. Uma vez descobertos os padrões, torna-se possível revelar os mecanismos subjacentes, o que contribuirá para a síntese e a teoria geral. Os padrões mais fortes são aqueles que surgem em conseqüência da passagem da vegetação por uma seqüência ecológica de paisagens, assim fornecendo base de sustentação sobre a qual os insetos herbívoros e seus inimigos naturais devem operar. As plantas oferecem a alimentação e o habitat para os insetos herbívoros. Conseqüentemente, a sua distribuição e abundância impõem a distribuição dos organismos sobre o sistema de sustentação alimentar e capacidade de sustentação para as populações herbívoras. Na medida em que diminui o vigor das plantas através de uma redução sucessiva e a biomassa alimentícia aumenta, as populações herbívoras mudam de especialistas sobre plantas vigorosas com dinâmicas populacionais latentes, para populações não-especializadas sobre plantas maduras, muitas das quais desenvolvem dinâmicas populacionais eruptivas. Uma conjugação de vários fatores indica que os inimigos naturais são relativamente ineficazes nas fases iniciais da sucessão das plantas e que o seu impacto aumenta na medida em que os habitats se tomam mais estáveis e extensivos, e os herbívoros se tornam mais generalizados no aproveitamento do hospedeiro. As inferências para o controle biológico aplicado são principalmente que os habitats transitórios, tais como sistemas agrícolas, não são favoráveis para o controle biológico aplicado. O manejo sofisticado das populações de inimigos naturais será essencial para que os êxitos superem os fracassos nesses habitats.