Murcha-de-verticillium em tomateiro. II. Variabilidade patogênica de Verticillium dahliae e comportamento de variedades
Resumo
A variabilidade patogênica de 22 isolados de Verticillium dahliae, obtidos de culturas de berinjela, quiabeiro, morangueiro e tomateiro em diversas localidades do Estado de São Paulo foi estudada sob condições controladas. Os isolados foram inoculados em plântulas das variedades de tomateiro Angela Hiper (suscetível) e Marmande VR (resistente à raça 1 de V. dahliae) com 13 a 15 dias, através de imersão de raízes, por 15 minutos, em suspensões de inóculo ajustadas à concentração de 106 conídios/mL. A avaliação da severidade da doença foi efetuada 28 dias após a inoculação, através de observações de sintomas de amarelecimento e murcha foliar ou escurecimento vascular para se determinar a altura de colonização da haste. Além de diferenças na agressividade dos isolados, foi observada a ocorrência de mais de uma raça fisiológica de V. dahliae. Assim, os isolados T-1335, T-1103, T-1098, T-1104-a, T-1289, T-1237 e BE-318 foram classificados como raça 1, por não afetarem a variedade Marmande VR, e os isolados BE-1430, T-1378, M-38, Q-322-a, T-1439, BE-1431, T-1481, Q-320-a, T-1089, M-1099, T-1480, BE-1043 e T-1386 como raça 2, para os quais «Marmande VR» e «Angela Hiper» foram suscetíveis. As variedades de tomate para mesa, Santa Adélia, Príncipe Gigante, Santo Antonio, São Francisco e Santa Clara, e para indústria, Agrocica 4, 8, 16, 33 e 72, Ontário 7710 e Rio Grande, foram resistentes ao isolado da raça 1 (T-1335); as mesmas variedades foram suscetíveis ao isolado da raça 2 (T-1386). A linhagem melhorada Ohio 12 e a variedade de tomateiro Petomech VF1+2 apresentaram os mais baixos índices de doença quando inoculadas com o isolado da raça 2.
Palavras-chave
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