Cultivo do camarão de água doce, Macrobrachium rosenbergii (de man), em viveiros no sul do Brasil, sob diferentes densidades e taxas de estocagem
Resumo
O cultivo de camarões de água doce foi examinado sob condições semi-intensivas em viveiros de engorda em cinco localidades dos estados do Rio Grande do Sul e na região sul de Santa Catarina durante o verão de 87/88. Pós-larvas (peso médio de 0,013 g) e camarões juvenis (peso médio de 0,800 g) foram estocados em viveiros de diferentes tamanhos em densidades de 8/m2, 10/m2, 12/m2, 17/m2, 22/m2 (pós-larvas) e 6/m2, 8/m2 (juvenis). A taxa diária de renovação de água dos viveiros foi de 5 a 10% do volume total. Foi oferecida, a uma taxa de 5% da biomassa estimada por dia, uma ração com 30% de proteína. A qualidade da água foi monitorada através de medições de amônia, pH, oxigênio dissolvido (a cada duas semanas), temperatura e transparência (duas vezes ao dia). Após cinco meses de crescimento, foi obtida uma produção de 550-1.150 kg/ha (pós-larvas) e de 755-985 kg/ha (juvenis). Foi encontrada uma relação entre a taxa de estocagem e produção. Uma vez que o período de cultivo em nossas condições é de seis a sete meses, e que algumas práticas de manejo mais avançadas podem ser aplicadas, parece possível obter produções de 1.500 a 2.000 kg/ha. Os resultados deste estudo revelam a necessidade de esforços mais intensivos na pesquisa desta espécie aquática nas áreas subtropicais do sul do Brasil.
Palavras-chave
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