Qualidade pós-colheita de mirtilos 'Emerald' cultivados em região subtropical

Ricardo Bordignon Medina, Jaqueline Visioni Tezotto-Uliana, Marcelo Brossi Santoro, Simone Rodrigues da Silva

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos qualitativos, na colheita e na pós-colheita, de mirtilos 'Emerald' cultivados em região de clima subtropical, sem frio hibernal, no Brasil. Os frutos foram colhidos no município de Piracicaba, no estado de São Paulo, em dois picos de colheita, em agosto e outubro, e avaliados quanto aos seus atributos qualitativos na colheita e aos seus atributos físicos, químicos e bioquímicos na pós-colheita. Os frutos foram mantidos em condições de temperatura ambiente, a 22°C e 70% de umidade relativa, e analisados no dia da colheita e a cada três dias até o décimo-segundo dia de armazenamento. Os mirtilos colhidos em agosto foram maiores e mais arredondados, e os colhidos em outubro apresentaram coloração azul mais intensa e maiores concentrações de compostos fenólicos, pH e sólidos solúveis, além de maior relação sólidos solúveis totais e acidez titulável. Durante o armazenamento, observou-se aumento no conteúdo de antocianinas, quercetinas e compostos fenólicos totais, bem como na atividade antioxidante, além de redução na acidez e na firmeza dos frutos. Independentemente do mês de colheita, os mirtilos cultivados em região subtropical no Brasil apresentam boa durabilidade pós-colheita por até 12 dias em temperatura ambiente, com níveis satisfatórios de qualidade dos frutos.


Palavras-chave


Vaccinium spp.; antocianinas; capacidade antioxidante; compostos fenólicos; vida útil.

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