Alterações fisiológicas de soja cultivada com remineralizador de solo no Cerrado sob regimes hídricos variáveis

Lucas Felisberto Pereira, Walter Quadros Ribeiro Junior, Maria Lucrécia Gerosa Ramos, Nicolas Zendonadi dos Santos, Guilherme Filgueiras Soares, Raphael Augusto das Chagas Noqueli Casari, Onno Muller, Cássio Jardim Tavares, Éder de Souza Martins, Uwe Rascher, Cristiane Andréa de Lima Guimarães, André Ferreira Pereira, Liliane Márcia Mertz-Henning, Carlos Antonio Ferreira de Sousa

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do remineralizador de solo finos de mica xisto (FMS) na fisiologia, na produtividade e na qualidade de grãos de soja (Glycine max) em diferentes regimes hídricos (RHs), no Cerrado brasileiro. O experimento foi conduzido em condições de campo durante dois anos, tendo-se utilizado quatro RHs e três tratamentos: mica xisto, adubação convencional e controle. Em 2017 e 2018, foram avaliados os seguintes RHs: RH1, RH2, RH3 e RH4, que correspondiam ao valor médio de 100, 65, 44 e 28% da reposição da evapotranspiração da cultura, respectivamente. A fotossíntese, a condutância estomática, a transpiração, a concentração interna de CO2, o rendimento quântico efetivo do fotossistema II (FSII) (Fv’/Fm’), o rendimento quântico (FSII) (ᶲFSII) e a taxa de transporte de elétrons reduziram em função do avanço da fase fenológica da soja e da redução do RH. A qualidade dos grãos foi afetada apenas pelo RH. O mica xisto foi estatisticamente semelhante à adubação convencional e ao controle em 2017 e 2018. A produtividade reduziu devido à antecipação da idade fenológica da soja e do RH, mas não houve diferenças entre os três tratamentos em 2017 e 2018. A redução da produtividade da soja é atribuída ao fechamento estomático, à perda da capacidade fotoprotetora e aos danos ao maquinário fotossintético causados pela seca.


Palavras-chave


Glycine max; linha de aspersores; mica xisto; fotossíntese; estresse hídrico

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