Venenos e toxinas ofídicas purificadas como ferramenta biotecnológica para o controle de Ralstonia solanacearum

Rita de Cássia Alves, José Robert Vieira Júnior, Tamiris Chaves Freire, Aline Souza da Fonseca, Simone Carvalho Sangi, Fábio da Silva Barbieri, Rodrigo Barros Rocha, Luciana Gatto Brito, Soraya dos Santos Pereira, Marcos Barros Luiz, Francisco das Chagas Oliveira Freire, Carla Freire Ceeledonio Fernandes, Andreimar Martins Soares, Cléberson de Freitas Fernandes

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana in vitro de venenos e toxinas purificadas de serpentes sobre a bactéria fitopatogênica Ralstonia solanacearum. As avaliações foram realizadas em 17 venenos brutos (13 de Bothrops, 3 de Crotalus e 1 de Lachesis) e sete toxinas (1 de Bothrops e 6 de Crotalus). A atividade antibacteriana foi avaliada em meio MB1 que continha os tratamentos solubilizados (1 μL mL-1). Utilizou-se o total de 100 μL de suspensão bacteriana (8,4 x 109 UFC mL-1). Após incubação a 28°C, avaliou-se o número de colônias bacterianas às 24, 48 e 72 horas após a inoculação. O gel SDS-PAGE a 15% foi usado para analisar o perfil proteico das amostras, tendo-se utilizado 5 μg de proteína no ensaio. Além disso, os valores de concentração inibitória mínima (CIM) e concentração letal (CL50) foram determinados pelo método Probit. Os venenos e as toxinas foram capazes de reduzir mais de 90% do crescimento de R. solanacearum. Esses resultados foram ou equivalentes aos do controle positivo cloranfenicol ou até melhores. Enquanto os valores de CIM variaram de 4,0 a 271,5 µg mL-1, a CL50 variou de 28,5 µg mL-1 a 4,38 mg mL-1. Dez venenos brutos (7 de Bothrops e 3 de Crotalus) e duas toxinas (giroxina e crotamina) são abordagens promissoras para o controle da bactéria fitopatogênica R. solanacearum.


Palavras-chave


Bothrops; Crotalus; atividade antimicrobiana; murcha bacteriana; crotamina; giroxina

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