Respostas morfofisiológicas de dendezeiros jovens ao estresse de salinidade

Leticia Rios Vieira, Vivianny Nayse Belo Silva, Raphael Augusto das Chagas Noqueli Casari, Paula Andrea Osorio Carmona, Carlos Antônio Ferreira de Sousa, Manoel Teixeira Souza Junior

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar as características morfofisiológicas e o desequilíbrio iônico no substrato, nas raízes e nas folhas de plantas jovens de dendezeiro (Elaeis guineensis) sob diferentes níveis de estresse salino, seguindo protocolo de salinização do substrato em que o nível de sal era conhecido. Plantas bifídicas de dendezeiro foram submetidas a doses distintas de NaCl (0,0, 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0 g de NaCl por 100 g de substrato em base seca), e suas respostas morfofisiológicas foram avaliadas por um período de 12 a 14 dias. Este protocolo gerou diferentes níveis de estresse devido aos gradientes de condutividade elétrica e potencial hídrico no extrato de saturação do substrato, de acordo com o NaCl adicionado. Com base nas taxas de evapotranspiração real e nas trocas gasosas foliares, o efeito osmótico do sal refletiu negativamente na temperatura da folha, no índice de conteúdo de clorofila e nas variáveis de fluorescência da clorofila. O aumento nos níveis de Na e Cl no extrato de saturação culminou com o aumento da disponibilidade de Ca, K e Mg na solução e com o seu acúmulo nas folhas. No entanto, as plantas pouco absorveram Na e Cl. Os resultados obtidos são indicativos de que, para uma melhor caracterização das fases osmótica e iônica do estresse salino, deve-se reduzir o nível de estresse salino e aumentar o período de avaliação.


Palavras-chave


Elaeis guineensis; estresse abiótico; condutividade elétrica; evapotranspiração; condutância estomática; potencial hídrico

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