Estresse hídrico durante a fase reprodutiva de duas linhagens de soja

Vanessa do Rosário Rosa, Adinan Alves da Silva, Danielle Santos Brito, José Domingos Pereira Júnior, Cíntia Oliveira Silva, Maximiller Dal-Bianco, Juraci Alves de Oliveira, Cleberson Ribeiro

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do estresse hídrico no estádio reprodutivo (R3) sobre os parâmetros fisiológicos e o rendimento de grãos de duas linhagens de soja (Glycine max). As linhagens de soja Vx-08-10819 e Vx-08-11614 foram cultivadas em casa de vegetação, onde foram irrigadas até atingirem o estágio de desenvolvimento R3. Durante três dias, o peso dos vasos foi monitorado diariamente para manter 100, 60 e 40% da capacidade de campo (controle e estresses moderado e severo, respectivamente). Foram determinados os parâmetros trocas gasosas e fluorescência da clorofila a, além dos pigmentos cloroplastídicos, solutos osmorregulatórios e enzimas antioxidantes. Após o estresse, as plantas foram reidratadas até o final do estádio reprodutivo (R8) para avaliar o rendimento de grãos. Vx-08-10819 apresentou características que contribuíram para a tolerância à seca, como melhor eficiência no uso da água, modulação da área foliar e atividade enzimática, bem como aparato fotossintético mais eficiente e menor peroxidação lipídica que Vx-08-11614. Além disso, Vx-08-10819 manteve sua produtividade mesmo após deficiência hídrica severa. Em contraste, as limitações hídricas afetaram negativamente a produtividade de Vx-08-11614. A linhagem de soja Vx-08-10819 pode suportar eficientemente períodos de seca durante o estádio reprodutivo, sem que haja interferência no rendimento final de grãos.


Palavras-chave


Glycine max; estresse oxidativo; fotossíntese; produtividade; prolina; deficit hídrico

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