Metabólitos séricos e escore de condição corporal associados a metrite, endometrite, cetose e mastite em vacas da raça Holandesa

Edir Torres, Miguel Mellado, Carlos Leyva, José Eduardo García, Francisco Gerardo Véliz, Juan Hernández-Bustamante

Resumo


O objetivo deste trabalho foi identificar os metabólitos séricos e o escore de condição corporal (BCS) de vacas Holandesas associados à ocorrência de doenças periparturientes, quando sob estresse térmico. Amostras de sangue foram coletadas de 181 vacas uma semana após o parto, e o BCS foi determinado no parto. Vacas com concentração de β-hidroxibutirato (BHBA) ≥ 0,8 mmol L-1 tinham 2,2 vezes mais chances de desenvolver metrite e 4,4 vezes mais chances de desenvolver endometrite clínica (EC). Vacas com níveis séricos de creatinina ≥ 2,0 mg dL-1 apresentaram 2,2 e 4,5 vezes maior risco (p ≤ 0,05) de sofrer de metrite e EC, respectivamente, na lactação atual. As chances de metrite e EC foram 2,7 e 4,6 vezes maiores (p < 0,01) em vacas com proteína total sérica (TP) ≥ 5,0 mg dL-1. Vacas com níveis séricos de glicose ≤ 70 mg dL-1 e ácidos graxos não esterificados (NEFAs) ≥ 0,5 tiveram 9,4 e 8,8 vezes mais chances de desenvolver cetose clínica, respectivamente, que vacas com níveis mais baixos de glicose e NEFAs no sangue. O uso estratégico de testes metabólicos para monitorar vacas Holandesas em transição, para prevenir algumas doenças pós-parto devido ao estresse térmico, deve se concentrar em BHBA, NEFAs, glicose, creatinina e TP no sangue. Além disso, o BCS ≤ 3,2 deve ser evitado para prevenir a endometrite


Palavras-chave


β-hidroxibutirato; cetose clínica; creatinina; endometrite; ácidos graxos não esterificados

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