Heterose e distância genética em híbridos intervarietais de milho
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de híbridos de milho (Zea mays) intervarietais, a partir de cruzamentos topcross entre populações crioulas, além de confirmar se a dissimilaridade genética entre as populações é correlacionada à heterose dos híbridos intervarietais no campo. Nove híbridos topcross foram avaliados com seu testador 'BRS Planalto', e as seguintes populações crioulas foram utilizadas como genitores: Argentino Branco, Dente de Ouro, Amarelão, Criolão, Caiano Rajado, Branco Oito Carreiras, Branco Roxo Índio, Cateto Branco e Argentino Amarelo. O testador 'BRS Planalto' e os híbridos topcross Branco Oito Carreiras x 'BRS Planalto' e Criolão x 'BRS Planalto' apresentaram maior potencial per se quanto ao rendimento de grãos. O topcross Branco Oito Carreiras x 'BRS Planalto' apresentou melhor desempenho quanto ao número de grãos por fileira, massa de grãos da espiga e diâmetro de espiga, enquanto o Criolão x 'BRS Planalto' apresentou melhor desempenho quanto ao número de grãos por fileira e comprimento de espiga. As maiores estimativas de distância genética não implicaram, necessariamente, altos valores de heterose, e tiveram correlação apenas com o comprimento da espiga. Portanto, não é possível predizer os efeitos de alta heterose sobre o rendimento de grãos, com base na distância genética entre as populações envolvidas nos cruzamentos.
Palavras-chave
Zea mays; dissimilaridade genética; heterose; populações crioulas; topcross
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