Estabilidade e adaptabilidade para volume de madeira na seleção de Eucalyptus saligna em três ambientes
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a interação genótipo x ambiente (GxA) em progênies de polinização aberta de Eucalyptus saligna, para seleção simultânea para maior estabilidade e adaptabilidade para volume de madeira, bem como comparar as estratégias de seleção por análises conjunta e individuais em três ambientes. Foram instalados três experimentos, em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições e parcelas de seis plantas, com 102 a 122 progênies. Três anos após o plantio, foram avaliados a taxa de sobrevivência e o volume de madeira. Os parâmetros genéticos foram estimados pelos métodos da máxima verossimilhança restrita e melhor predição linear não viciada (REML/Blup), e a análise de estabilidade e adaptabilidade foi realizada pela média harmônica do desempenho relativo dos valores genéticos (MHPRVG). A maior taxa de sobrevivência (82%) foi observada em Sabinópolis e o maior volume (120 m³ ha-1) em Lençóis Paulista. As herdabilidades médias das progênies para as duas variáveis avaliadas foram consideradas altas, e as correlações genéticas entre taxa de sobrevivência e volume foram baixas para todos os locais. A interação GxA foi significativa e do tipo complexa, com correlação genotípica entre ambientes de 47%, o que indica que o ordenamento das melhores progênies foi diferente para cada local estudado. A análise de estabilidade e adaptabilidade indicou a possibilidade de selecionar progênies com comportamento plástico nos três ambientes; contudo, para melhoria da qualidade das características avaliadas, é necessária a seleção de progênies específicas para cada ambiente.
Palavras-chave
melhoramento florestal; seleção genética; interação genótipo x ambiente; REML/Blup
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