Duração dos efeitos de escarificação e camalhão associados à cobertura vegetal na produção de soja em Planossolo

Silvana Spaniol Fin, Enio Marchesan, Paulo Ivonir Gubiani, João Alberto Pedroso Farenzena, Marcos Stefanello Murari, Lucas Lopes Coelho, Alberto Cargnelutti Filho, Bruno Behenck Aramburu

Resumo


O objetivo deste trabalho foi determinar o tempo de duração dos efeitos das intervenções mecânicas escarificação e camalhão no rendimento de grãos de soja (Glycine max) em um Planossolo, bem como avaliar, por meio de indicadores físicos, se o uso de plantas de cobertura no período do inverno aumenta a duração destes efeitos. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições. Foram avaliados dois fatores. O primeiro consistiu do tipo de preparo do solo: ES14, escarificação em novembro de 2014; ES15, escarificação em novembro de 2015; CA14, camalhão construído em novembro de 2014; e CA15, camalhão construído em novembro de 2015. O segundo consistiu do tipo de cobertura: pousio no inverno, aveia, azevém e trigo. De novembro de 2015 a abril de 2016, cultivou-se soja sob os diferentes preparos do solo. Foram avaliados densidade do solo, porosidade total, macroporosidade, microporosidade, condutividade hidráulica do solo saturado, resistência do solo à penetração mecânica e rendimento de grãos de soja. Não foi detectado efeito de plantas de cobertura, em um único ano de cultivo, na manutenção dos atributos físicos do solo. Alterações na densidade, na porosidade total e na resistência do solo à penetração, promovidas pela escarificação mecânica, são perceptíveis por no mínimo 18 meses. A persistência dessas modificações reflete no rendimento de grãos de soja na segunda safra.

Palavras-chave


Glycine max; rotação de culturas; área de arroz; compactação do solo; preparo do solo

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