Perfil fitoquímico de extratos de urtiga-cansanção e sua bioatividade sobre a lagarta-da-couve

Moisés Felix de Carvalho Neto, Rita de Cássia Rodrigues Gonçalves Gervásio, Edigênia Cavalcante da Cruz Araújo, Jadson Cardoso de Almeida, Amanda Leite Guimarães

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil fitoquímico e a bioatividade de extratos da urtigacansanção (Cnidoscolus urens) sobre a lagarta-da-couve (Ascia monuste orseis). Foram avaliadas a mortalidade, duração da fase larval, viabilidade e massa de pupas, percentagem de pupas deformadas e preferência alimentar. Também foram identificadas as classes constituintes dos extratos etanólicos, por meio de cromatografia em camada delgada analítica (CCDA). Os extratos etanólicos de folhas e raízes a 2% (m/v) e o extrato aquoso de raízes a 20% (m/v) prolongaram a fase larval do inseto. O extrato etanólico de folhas a 2% reduziu a viabilidade pupal, e as pupas provenientes de todos os tratamentos apresentaram massas reduzidas e geraram adultos defeituosos. Com exceção do extrato etanólico de caule a 2% (m/v), todos os demais extratos apresentaram efeito deterrente sobre larvas de A. monuste orseis. A análise fitoquímica dos extratos etanólicos mostrou a presença majoritária de compostos fenólicos, naftoquinonas, antraquinonas, cumarinas, derivados antracênicos, terpenos e esteroides, além de taninos hidrossolúveis. Extratos aquosos à concentração de 20% e etanólicos a 2% de folhas, caules e raízes de urtiga-cansanção causam mortalidade larval e também reduzem o consumo foliar, a viabilidade pupal e a massa de pupas de A. monuste orseis.


Palavras-chave


Ascia monuste orseis; Cnidoscolus urens; extratos botânicos; cromatografia em camada delgada analítica

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