Padrão de sobrevivência do bicudo-do-algodoeiro durante o pousio na região Centro-Oeste do Brasil

Carmen Silvia Soares Pires, Mayra Pimenta, Renata Alves da Mata, Lucas Machado de Souza, Débora Pires Paula, Edison Ryoiti Sujii, Eliana Maria Gouveia Fontes

Resumo


O objetivo deste trabalho foi determinar o padrão de sobrevivência do bicudo-do-algodoeiro durante o pousio no Centro-Oeste do Brasil. Foram determinadas as percentagens de adultos das populações que permaneceram nas estruturas reprodutivas do algodoeiro, as percentagens de adultos que saíram para os refúgios, e a longevidade dos adultos alimentados com pólen e néctar como fontes de alimentos alternativos. Para tanto, foram amostradas quatro populações em botões florais e maçãs do algodoeiro, que totalizaram 11.293 estruturas, de 2008 a 2012. A emergência de adultos do bicudo-do-algodoeiro foi monitorada desde a coleta das estruturas até a próxima safra de algodão. Em laboratório, adultos recém-emergidos foram alimentados com hibisco ou picão, e sua longevidade foi monitorada individualmente. A maioria dos adultos (85,73%) saiu das estruturas reprodutivas, independentemente da fenologia do algodoeiro, até 49 dias após as estruturas terem sido coletadas. Um indivíduo (0,0002%) entre 5.544 adultos foi encontrado vivo após o período da entressafra. A dieta de hibisco e picão permitiu uma longevidade de 76±38 dias, tempo suficiente para manter os adultos vivos durante a entressafra. A maioria dos bicudos-de-algodoeiro deixa as estruturas reprodutivas do algodoeiro no final da colheita, sobrevive com alimento alternativo e não usa as estruturas da planta como abrigo durante o período legal de pousio na região Centro-Oeste do Brasil.

Palavras-chave


Anthonomus grandis; Gossypium hirsutum; alimento alternativo; maças do algodoeiro

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