Bactérias ácido-lácticas como conservantes do alimento fresco para a maturação de camarões marinhos
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de Lactobacillus plantarum sobre a conservação de mexilhões frescos e avaliar a atratividade, o consumo e a microbiota intestinal de reprodutores de camarão‑branco‑do‑pacífico. O experimento avaliou mexilhões estocados com L. plantarum a 4°C. Os controles foram: mexilhões estocados a ‑18°C sem L. plantarum; mexilhões estocados a ‑18°C com L. plantarum; e mexilhões estocados a 4°C sem L. plantarum. As análises microbiológicas dos mexilhões foram realizadas nos dias 1, 7, 15, 30, 45 e 60 após o processamento. Além disso, os mexilhões conservados com L. plantarum e estocados a 4°C e os mexilhões estocados a ‑18°C sem L. plantarum, após 15 dias, foram avaliados quanto à atratividade, ao consumo e à microbiota bacteriana intestinal dos camarões. Mexilhões conservados com L. plantarum tiveram maiores contagens de bactérias ácido-lácticas e menores contagens de Vibrio spp., assim como de bactérias heterotróficas totais, após 60 dias de estocagem. Não foram observadas diferenças significativas quanto à atratividade ou ao consumo entre os tratamentos. A microbiota intestinal dos camarões alimentados com mexilhões conservados com L. plantarum apresentou maior contagem de bactérias ácido-lácticas e menor contagem de Vibrio spp. O uso de L. plantarum inibe Vibrio spp. e conserva o alimento, sem modificar a atratividade ou o consumo pelos camarões.
Palavras-chave
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