Alterações anatômicas do sistema vascular em porta‑enxertos de videira

Emiliano Santarosa, Paulo Vitor Dutra de Souza, Jorge Ernesto de Araújo Mariath, Gil Vicente Lourosa

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de alterações do padrão de vascularização de porta‑enxertos de videira. Utilizaram-se os genótipos Paulsen 1103 (Vitis berlandieri x Vitis rupestris), MGT 101‑14 (Vitis riparia x V. rupestris) e SO4 (V. berlandieri x V. riparia). O experimento foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso com três tratamentos (genótipos) e dez plantas por parcela. Avaliaram-se as variáveis de crescimento vegetativo dos porta‑enxertos e, por meio de cortes histológicos realizados no ápice, na porção mediana e na base dos ramos, as anatômicas. As diferenças no sistema vascular tornaram-se maiores do ápice para a base dos ramos. Os genótipos SO4 e Paulsen 1103 apresentaram maior área de xilema na base dos ramos, 2,61 e 2,51 mm2, respectivamente, e maior diâmetro dos vasos, 45,8 e 47,2 µm, respectivamente, em comparação ao MGT 101‑14 que apresentou 1,60 mm2 de xilema e 34,1 µm de diâmetro dos vasos. Ocorreram modificações também na frequência dos vasos. A área de xilema, o diâmetro e a frequência dos vasos estão relacionados ao crescimento vegetativo dos porta‑enxertos. As alterações do padrão de vascularização podem ser um critério para a escolha de porta‑enxertos, em razão de sua influência sobre os processos fisiológicos.


Palavras-chave


Vitis; fisiologia; padrão de vascularização; videiras; xilema

Texto completo:

PDF


Embrapa Sede, Gerência-Geral de Governança Corporativa e Informação,

Parque Estação Biológica - PqEB - Av. W3 Norte (final) Caixa Postal 040315 - Brasília, DF - Brasil - 70770-901
Fone: +55 (61) 3448-2461