Sensibilidade de genótipos brasileiros de milho ao deficit hídrico, estimada por um modelo simples de produtividade

Kleber Gustavo Andrioli, Paulo Cesar Sentelhas

Resumo


O objetivo deste trabalho foi determinar a sensibilidade de genótipos de milho (Zea mays) ao deficit hídrico, pelo uso de um modelo agrometeorológico simples de estimativa de produtividade. Dados de produtividade real e agronômicos de 26 genótipos foram obtidos dos Ensaios Nacionais de Milho, em dez localidades, em quatro estados brasileiros, entre 1998 e 2006. Os dados meteorológicos, para cada experimento e período, foram obtidos das estações mais próximas de cada local. O índice de sensibilidade ao deficit hídrico (Ky) dos genótipos foi determinado por meio do modelo de depleção da produtividade. Os genótipos de milho podem ser classificados em dois grupos de resistência ao deficit hídrico. Os de resistência normal tiveram Ky entre 0,4 e 0,5 no período vegetativo, 1,4 e 1,5 no florescimento, 0,3 e 0,6 na frutificação, e 0,1 e 0,3 no período de maturação, enquanto os genótipos de maior resistência tiveram, respectivamente, os seguintes valores de Ky: 0,2–0,4; 0,7–1,2; 0,2–0,4; e 0,1–0,2. Em todo o ciclo, o Ky geral foi 2,15 nos genótipos mais sensíveis, e 1,56 nos de maior resistência ao deficit hídrico. O desempenho do modelo foi aceitável para a avaliação da produtividade real, cujos erros médios estimados para cada genótipo variaram de -5,7 a +5,8%, e cujo erro absoluto médio geral foi de 960 kg ha-1 (10%).


Palavras-chave


<i>Zea mays</i>; agrometeorologia; resistência à seca; balanço hídrico

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