Variação genética e ambiental no teor de isoflavonas de sementes de soja cultivada no Brasil

Mercedes Concórdia Carrão-Panizzi, Mark Berhow, José Marcos Gontijo Mandarino, Maria Cristina Neves de Oliveira

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar concentrações de isoflavonas nas sementes de diferentes cultivares brasileiras de soja cultivadas numa amplitude de condições ambientais e de locais no Brasil. Sementes de 233 cultivares semeadas em Ponta Grossa, PR, na safra de 2001/2002, e sementes de 22 cultivares plantadas em diferentes locais das regiões Nordeste, Sudeste e Sul foram analisadas quanto ao teor total de isoflavonas, incluindo daidzina, glicitina, genistina e acetilgenistina. O total de isoflavonas variou entre 12 mg 100 g-1 (cv. Embrapa 48) e 461 mg 100 g-1 (cv. CS 305) entre as 233 cultivares plantadas em Ponta Grossa, e essas diferenças são devidas aos efeitos genéticos, pois todas foram cultivadas e colhidas no mesmo local e ano. Isso indica que há possibilidade de melhoramento genético para o teor de isoflavonas. Diferenças no teor de isoflavonas observadas nas cultivares plantadas nos diferentes locais de semeadura permitem selecionar locais segundo a concentração ótima de isoflavonas (reduzida ou alta), dependendo do uso da soja. No Nordeste (5–8°S), concentrações mais altas de isoflavonas totais foram observadas nos municípios São Raimundo das Mangabeiras (232 mg 100 g-1) e Tasso Fragoso (284 mg 100 g-1). No Sul (23–30°S), as concentrações de isoflavonas foram maiores nos municípios Guarapuava, Canoinhas, Vacaria e Campos Novos, com amplitude de 130 a 409 mg 100 g-1.

Palavras-chave


<i>Glycine max</i>; isoflavonas; local de semeadura; grãos de soja; cultivares de soja; alimento derivado de soja

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