Perfil de ácidos graxos da carne de novilhos europeus e zebuínos alimentados com milheto

Rodrigo Medeiros da Silva, João Restle, Regis Luis Missio, Moacir Evandro Lage, Paulo Santana Pacheco, Ubirajara Oliveira Bilego, João Teodoro Pádua, Daiane Aparecida Fausto

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de ácidos graxos da carne de novilhos mestiços alimentados, em confinamento, com dietas contendo níveis crescentes de grão de milheto moído em substituição ao grão de milho moído. Foram utilizados 24 tourinhos mestiços europeus e 24 mestiços zebuínos, abatidos aos 24 meses de idade, após 96 dias de confinamento. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com os tratamentos em arranjo fatorial 4x2 (quatro dietas com 0, 33, 66 e 100% de milheto no concetrado e dois grupos genéticos) com seis repetições. O aumento dos níveis de grão de milheto na dieta elevou linearmente a participação dos ácidos graxos, araquídico (C20:0), heneicosanoico (C21:0), α‑linolênico (C18:3 n‑3) e dihomo‑γ‑linolênico (C20:3 n‑6). Tourinhos europeus apresentaram carne com menor teor dos ácidos graxos, mirístico (C14:0), heneicosanoico (C21:0) e γ‑linolênico (C18:3 n‑6) do que tourinhos zebuínos. A concentração total de ácidos graxos saturados (45,2%), monoinsaturados (41,2%) e poli‑insaturados (8,7%), e a relação monoinsaturados/saturados (1,09) e poli‑insaturados/saturados (0,18) não foi alterada pelos grupos genéticos e pelas dietas. O aumento da percentagem de grão de milheto na dieta de tourinhos europeus ou zebuínos melhora a relação entre os ácidos graxos ω‑6/ω‑3.

Palavras-chave


Pennisetum americanum; ácidos graxos saturados; bovinos; carne; CLA; linoleico

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