Fluxo de proteína do Rúmen para o duodeno de novilhos alimentados com dieta volumosa e dieta concentrada
Resumo
Quatro novilhos fistulados foram usados para comparar o efeito da dieta (volumoso vs. concentrado) no fluxo duodenal de N e aminoácidos (AA). Lignina e Cr2O3 foram comparados com a coleta total automática (ATC), para estimar o fluxo duodenal de N em períodos de três a seis dias de coleta. As estimativas do fluxo de N baseadas no Cr2O3 e lignina foram, em média, 10 a 15% maiores (P < 0,05) do que aquela baseada na ATC. O fluxo duodenal diário de N na dieta concentrada foi cerca de 30% maior do que o ingerido. Essa diferença entre a ingestão e o fluxo duodenal de N não ocorreu de modo significativo na dieta volumosa. O fluxo duodenal de AA, em valores expressos como percentagem da quantidade ingerida, foi maior na dieta concentrada do que na dieta volumosa (P < 0,01), especialmente DAP, sugerindo maior síntese bacteriana na dieta concentrada. Ocorreu um ganho líquido em AA devido à digestão ruminal na dieta concentrada. Entre os AA essenciais (AAE), o maior ganho ocorreu com LYS, THR e ILE, na dieta concentrada, e foram estes os únicos AAE que apresentaram ganho líquido na dieta volumosa. Os dados sugerem um maior fluxo duodenal de N e AAE com o aumento de carboidrato não estrutural na dieta. Outros estudos são necessários para o estabelecimento da proporção ideal entre carboidrato não estrutural versus proteína na dieta, visando a otimização do fluxo duodenal de aminoácidos.
Palavras-chave
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