Do grande período de variedades de cana

Sarah Krutman

Resumo


O autor faz um estudo comparativo do grande período de variedades de cana. Apresenta as fases do ciclo vegetativo da planta e comenta do seu crescimento em relação aos fatores internos e externos. Justifica o ensaio diante da habilidade das variedades em responderem diferentemente ao fator externo, o qual está sob controle humano, e quando acertadamente trabalhados concorrem para o aumento nas colheitas. As variedades estudadas CB 45-3, CB 47-15, CP 51-22, IANE 51-17 e IANE 55-33 indicadas como de boas perspectivas econômicas foram comparadas aos padrões CO 331, CP 27-130 e POJ 2878. O ensaio foi conduzido em solo franco arenoso, representativo na região, situado na área do setor Oeste da Estação Experimental do Curado. Foi medido o alongamento da cana quinzenalmente, em 40 colmos de cada variedade (anotando-se o comprimento das mesmas) e somada a pluviosidade diária. Aos 13 meses foi iniciada coleta de amostras para os dados das curvas de maturação das variedades. Seis quadros e dois gráficos presentes resumem o trabalho; os quadros versaram sobre características do solo na área onde foi conduzido o ensaio (Quadro 1), grande período de crescimento das variedades figurado pelos comprimentos médios dos colmos em idades crescentes (Quadro 2), pluviosidade ocorrida durante o grande período (Quadro 4), curva de maturação das variedades. Sob regime comum de chuvas cada variedade de cana apresentou sua curva própria de alongamento, fato este que indica a necessidade do ajuste próprio da época de plantio, adubação e fatores meteorológicos diversos ao cultivo das variedades com o fim de conseguir maior produtividade. Entre 6,5 e 11,0 meses todas as variedades desenvolveram seus grandes alongamentos. No citado período a soma de chuvas quinzenal ultrapassou a 56mm; as variedades CB 45-3, CB 47-15, POJ 2878, CP 51-22 e CP 27-139 foram as mais precoces e apresentaram o máximo aos 6,5 meses. Nas condições do ensaio as variedades mais ricas foram a POJ 2878, CB 45-3, CB 47-15 e a CP 51-22. O estudo simultâneo da idade do alongamento máximo (cm) alcançado, a idade em meses e o teor da sacarose na maturação (Quadro 6) permitiu confirmar os resultados experimentais de Raheja (1956) na Índia, de que nas variedades precoces em maturação fisiológica a produção de sacarose está ligada ao crescimento inicial relativa mais rápido.


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