Especificidade de uma variedade nativa de "Alfafa do Nordeste” (Stylosanthes gracilis) na simbiose com Rhizobium sp.
Resumo
Foram feitos três experimentos de casa de vegetação com a finalidade de esclarecer dificuldades surgidas na inoculação da variedade de Alfafa do Nordeste (Stylosanthes gracilis H.B.K.) mais recomendada para as regiões do Brasil Central, a variedade IRI 1022. No primeiro experimento, foram comparadas três variedades inoculadas com seis estirpes de Rhizobium. Enquanto as variedades FAO 13381 e Deodoro II apresentaram simbiose eficaz com duas das estirpes locais e principalmente com a estirpe CB-756, estirpe esta recomendada na Austrália para inoculação de Stylosanthes gracilis, a variedade IRI 1022 apresentou simbiose menos eficaz com as estirpes locais o não produziu um só nódulo com a estirpe CB-756. No segundo experimento, foram testadas 24 estirpes de Rhizobium do grupo "Cowpea", provenientes de oito espécies forrageiras, na variedade IRI 1022. Apenas as três estirpes homólogas e uma de cada de Centrosema pubescens e Calopogonium muconoides produziram nódulos nesta variedade, não sendo nenhuma estirpe altamente eficaz. No terceiro experimento, foram comparadas seis estirpes homólogas locais com inoculantes de solo proveniente de cinco séries de solos. Enquanto dois solos não produziram nódulos, o Rhizobium proveniente dos três outros foi mais eficaz que as estirpes puras. A eficiência nodular avaliada pela regressão do N total nas plantas sôbre o peso dos nódulos variou com as variedades de Stylosanthes e com os inoculantes. Com as estirpes puras, foi quatro vêzes maior nas variedades FAO 13381 e Deodoro II do que na variedade IRI 1022. Na variedade IRI 1022, a eficiência nodular foi triplicada pelos inoculantes de solo.
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