Efeito de diferentes níveis de suplementação de proteína e de energia em borregas alimentadas com feno de plantas forrageiras de pasto nativo, no ganho de peso e consumo de feno
Resumo
Em Santa Maria, Rio Grande do Sul, foram usadas 56 borregas de dois dentes da raça Corriedale com peso médio de 24 kg, confinadas em boxes individuais, para estudar a influência da alimentação com feno de pastagem nativa com suplementação por duas rações à base de milho quebrado e farelo de soja, contendo 16,34% (ração 1) e 31,44% (ração 2) de PB e teor de NDT estimado em 80%, em ambas. As borregas foram distribuídas ao acaso em sete tratamentos, a saber: 1) testemunha (feno à vontade, sem suplementação); 2, 4 e 6) feno à vontade e ração 1 nas doses de 75, 150 e 300 g/dia/cabeça; 3, 5 e 7) feno à vontade e ração 2 nas mesmas doses da ração 1; o feno e as rações suplementares foram distribuídos diariamente em comedouros separados. Os animais foram previamente submetidos a dez dias de adaptação, com confinamento e o mesmo feno à vontade, porém, sem suplementação. O delineamento permitiu analisar o efeito parcelado de proteína e/ou NDT em diversos níveis alimentares. Foram medidos o ganho de peso e o consumo de ração aos 14, 29 e 54 dias do experimento, que comportou, assim, três períodos. Os ganhos médios diários de peso para os tratamentos 1 a 7, foram, respectivamente, -52,1, -20,8, - 5,8, 25,5, 25,5, 48,6 e 75,2 g. Os maiores ganhos registraram-se no primeiro período, sendo significativo (P < 0,05) o efeito de tratamento. No segundo período o efeito de tratamento foi altamente significativo (P < 0,01), mas os animais que recebiam os menores níveis de suplementação perderam peso, enquanto que no terceiro período todas as borregas perderam peso. Houve efeito significativo (P < 0,05) de tratamento no consumo de feno apenas no segundo período; foi notada diminuição do consumo de feno nos tratamentos que receberam a maior quantidade de ração suplementar. Quando os efeitos de energia e de proteína foram estudados isoladamente, notou-se tendência de ser a energia um fator mais crítico do que a proteína para as borregas alimentadas com feno de plantas forrageiras nativas.
Palavras-chave
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