Puberdade em fêmeas de raças ovinas deslanadas no Nordeste do Brasil

Aurino Alves Simplício, Elsio Antonio P. de Figueiredo, Gerardo Simon Riera, Warren Cristopher Foote

Resumo


Analisou-se o desempenho de 112 borregas Morada Nova (32), Somalis Brasileira (63) e Santa Inês (17), mantidas em pastagem nativa, no Centro Nacional de Pesquisa de Caprinos (CNPC), em Sobral, CE, Nordeste do Brasil (latitude 3° 42' Sul e longitude em 40° 21' Oeste). Desmamadas a idade média de 112 dias, foram pesadas ao nascer e a cada 28 dias, até à puberdade e observadas com vistas à detecção da ocorrência de estro, durante duas vezes ao dia, com auxílio de rufiões. Entre 40 e 60 horas após a borrega ser identificada em estro, era submetida à laparotomia, como objetivo de se avaliar a função ovariana quanto à ocorrência e à taxa de ovulação nos períodos pré-puberal e puberal. A idade e o peso médio à puberdade foram de 306,3 ± 5,6 dias e de 20,7 ± 0,3 kg, respectivamente. A raça Santa Inês (24,0 ± 1,0 kg) foi estatisticamente mais pesada (P < 0,05) do que a Morada Nova (21,2 ± 0,6 kg) e a Somalis Brasileira (19,7 ± 0,4 kg), porém as duas últimas não diferiram entre si. Não houve efeito de raça sobre a idade à puberdade, nem efeito do tipo de parto sobre peso ou idade (P > 0,05), porém observou-se efeito de ano (P < 0,05) sobre peso e idade à puberdade. Todas as borregas ovularam à puberdade, apresentando taxa de ovulação média de 1,31. Não houve diferença estatística (P > 0,05) entre raças. Durante o período pré-puberal, 78,35% das borregas ovularam com uma taxa de 1,13.


Palavras-chave


reprodução; borregas; ovulação; pastagem nativa

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