Análise econômica do biodigestor modelo indiano

Eduardo Alfonso Cadavid Garcia

Resumo


O biodigestor tem sido considerado uma fonte alternativa de energia visando a auto-suficiência energética rural. O Pantanal oferece condições favoráveis para a produção de biogás, pela disponibilidade em matéria-prima (dejetos de bovinos) e pelas normais de temperatura apropriadas às bactérias metanogênicas mais eficientes na digestão. Da análise de biodigestores de 3,3 a 70 m3 de volume total, conclui-se que o tamanho de máxima eficiência corresponde a unidades acima de 70m3. Para unidades na faixa de 3,3 a 53 m3, foi estimado um coeficiente elasticidade custo médio-produção de biogás de -0,33 e um coeficiente função de 1,49, indicando retornos crescentes à escala. O fator de escala foi de 0,59 + 0,36. Foram especificados orçamentos de três capacidades de produção (2,4, 6,2 e 13,2 m3 de biogás/dia) estimando-se aplicações de Cr$ 9,302 (menor unidade) a Cr$ 3.400 (maior unidade) por m3 de produção, quando considerada a vida útil de 11,7 anos. Nas três unidades consideradas estimaram-se margens, crescentes com a escala, para o retorno da mão-de-obra de Cr$ 5, Cr$ 17 e Cr$ 31 (quando substituído óleo diesel) e Cr$ 6, Cr$ 19 e Cr$ 34 (quando substituído querosene). A melhor alternativa foi para gasolina, enquanto que a substituição de gás GLP apresentou os menores índices de rentabilidade.


Palavras-chave


biogás; bioenergia; economia; pantanal mato-grossense; subsídio petróleo

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