Contagens de eritrócitos e leucócitos em caprinos de diferentes raças, antes e depois de medicações anti-helmínticas

Carlos Alberto Fagonde Costa, Kant Prasad Pant

Resumo


Em cabritos de cinco raças, executaram-se contagens de eritrócitos, total de leucócitos e diferencial de eosinófilos antes e 14 ou 17 dias depois de medicações anti-helmínticas em duas estações do ano. As contagens de eritrócitos foram influenciadas (P<0,005) pela raça dos animais e pela vermifugação. Como os animais foram mantidos em pastagem contaminada por Haemonchus sp., acredita-se que aqueles com menor contagem de eritrócitos antes das medicações (Bhuj na época chuvosa e Marota na seca) foram os mais parasitados. Acredita-se também que as raças com maior contagem nessas oportunidades (Anglo-Nubiana e Moxotó nas épocas chuvosa e seca, e Canindé na seca) foram as menos parasitadas. Os Canindé foram os únicos cujos valores eritrocitários nunca aumentaram após as vermifugações. As percentagens de eosinófilos mais altas ocorreram nos Canindé e Anglo-Nubianos antes da vermifugação da seca. Nessa época, as percentagens de eosinófilos foram reduzidas pela medicação. Como a eosinofilia acompanha as reações inflamatórias e imunitárias aos helmintos, é possível que as altas percentagens de eosinófilos nos Canindé e Anglo-Nubianos representem um mecanismo de defesa mais eficiente nessas raças. Essas hipóteses serão testadas em trabalhos futuros.


Palavras-chave


parâmetros sanguíneos; nematódeos gastrintestinais; resistência genética

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