Disponibilidade do potássio do sienito nefelínico de Poços de Caldas, avaliada em cultivos sucessivos com milho

J. O. Siqueira, Geraldo A.A. Guedes, Marco A.V. Ribeiro

Resumo


A disponibilidade do potássio da rocha potássica de Poços de Caldas (sienito nefelínico) foi estudada em condições de casa de vegetação através de cultivos sucessivos com milho cultivado em Latossolo Vermelho-Escuro (LVE) e Terra Roxa Estruturada (TRE), com presença ou ausência de calagem. A aplicação de KCl mostrou respostas significativas na produção de matéria seca, independentemente da calagem. Estas respostas foram lineares e mais acentuadas no LVE do que na TRE, na qual, doses de KCl maiores que 200 ppm reduziram a produção de matéria seca. Após o primeiro cultivo, a produção de matéria seca foi muito pequena, e isto parece ser devido ao esgotamento do K disponível no solo. A rocha potássica exerceu pouco efeito na produção de matéria seca, mostrando efeito positivo apenas no LVE na dose de 300 ppm de K na presença de calagem. O reduzido efeito da rocha foi devido à sua baixa capacidade de fornecer potássio, mesmo no terceiro cultivo, conforme mostram os dados de absorção de potássio pela planta. Os dados obtidos confirmam os estudos já realizados com a utilização de extratores químicos em laboratório, e mostram a baixa disponibilidade do potássio desta rocha para o milho. A rocha potássica "in natura", não se presta como fertilizante potássico para o milho.


Palavras-chave


rocha potássica; matéria seca; fertilizante potássico

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