Profundidade de semeadura na emergência do amendoim-bravo

Joaquim Gonçalves Machado Neto, Robinson Antonio Pitelli

Resumo


Com o objetivo de estudar os efeitos da distribuição vertical das sementes sobre a emergência de plântulas de amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla L.), foi instalado um experimento com solo colhido da camada arável de um Latossolo Vermelho-Escuro fase arenosa, incluído na classe textural barro argilo-arenoso. O solo foi secado à sombra e passado em peneira de malha de 2 mm. Em laboratório sobre bancada iluminada, conduziu-se o experimento utilizando vasos metálicos de 1,0 litro. As sementes foram semeadas nas profundidades de 0 cm, 2 cm, 4 cm, 6 cm, 8 cm e 10 cm, a partir da borda superior dos vasos. A umidade do substrato foi ajustada periodicamente para 50% a 60% do poder de embebição do solo. As plântulas, com a plúmula visível, foram cortadas e contadas diariamente. O período de emergência foi do quinto ao décimo quarto dia após a semeadura. A maior emergência diária ocorreu no quinto dia para as profundidades de 0 cm e 2 cm; no sexto, para 6 cm e 8 cm; e no sétimo, para 8 cm e 10 cm. A profundidade de semeadura, com exceção da superficial, não afetou a germinação das sementes, que foi, em média, de 80%; na profundidade de 0 cm, a germinação foi de 21,3%, em decorrência da eficiência hídrica que ocorreu mais rapidamente na superfície do solo. A capacidade de germinação em maiores profundidades no perfil do solo constitui fator de agressividade da espécie, de sobrevivência em condições adversas, e de resistência aos herbicidas de pré-emergência.


Palavras-chave


Euphorbia heterophylla; sementes; emergência de plântulas

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