Utilização do fungo Beauveria bassiana no controle biológico do bicudo do algodoeiro em Pernambuco

João Luiz Barbosa Coutinho, Vanildo Alberto L. B. Cavalcanti

Resumo


A cultura do algodoeiro no Nordeste do Brasil apresenta baixa produtividade agrícola, aliada a tecnologia ineficiente de produção, o que levou os técnicos a optarem pela utilização dos métodos de controle biológico, cultural e legislativo, para combater o bicudo Anthonomus grandis. No primeiro caso, o fungo entomógeno Beauveria bassiana foi testado em laboratório, onde se verificou a patogenicidade do agente quando pulverizado diretamente sobre os insetos. Com base nos resultados obtidos, foi desenvolvido um trabalho no Municipio de Limoeiro, PE, na Fazenda Três Lagoas, em cultivos de algodoeiro severamente infestados pela praga. Nessa ocasião, foram utilizadas armadilhas de feromônio (Hardee) com modificações, a fim de permitir maior coleta de insetos. Na câmara de captura foram colocados 5 g de cultura de B. bassiana em substrato de arroz, com a finalidade de contaminar os insetos capturados. As observações foram realizadas, diretamente, durante um período de 30 dias. Metade dos insetos capturados foram liberados no campo para disseminação do patógeno e os demais foram trazidos ao laboratório para comprovação da patogenicidade. O índice de infectividade foi de 87,83% e verificou-se que o período médio de infecção situou-se em seis dias. Pretende-se com esta pesquisa apresentar uma primeira contribuição à cotonicultura brasileira, em particular à nordestina, numa tentativa de se estabelecer um controle racional da praga em questão e, sobretudo, a manutenção do "manejo integrado" das pragas do algodoeiro.

 


Palavras-chave


Anthonomus grandis; Beauveria bassiana

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