Produção de etanol de gramíneas forrageiras tropicais

José Alfredo Usberti Filho, João Paulo Feijão Teixeira, Paulo Boller Gallo, Carlos Alves Pereira

Resumo


Foram avaliadas, durante dois anos agrícolas, várias gramíneas forrageiras tropicais – duas cultivares e três híbridos de capim-colonião (Panicum maximum Jacq.), duas cultivares de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) e uma cultivar de sorgo forrageiro (Sorghum vulgare L.) - quanto aos seus potenciais de produção de etanol. Essas avaliações foram baseadas nas produções de matéria seca e nos teores de açúcares redutores fermentáveis de cada germoplasma. No primeiro ano agrícola (1982-83), durante o qual se praticou apenas um corte, o capim-elefante produziu 7.825 l/ha/ano, média de duas cultivares; o capim-colonião, 3.947 l/ha/ano, média de duas cultivares; e o sorgo forrageiro 2.890 l/ha/ano. Entretanto, no segundo ano agrícola (1983-84), durante o qual foram efetuados cinco cortes, em intervalos de 45 dias, a uma altura de 10 cm da superfície do solo, as cultivares de capim-colonião mostraram produções de etanol estatisticamente maiores - 5.148 l/ha/ano -, do que as de capim-elefante; 3.665 l/ha/ano. A razão da superioridade do capim-elefante na produção de etanol em regime de corte único parece estar na sua elevada produção de colmos, que constituem a parte da planta mais rica em celulose, matéria-prima para a produção de álcool, no caso. Os resultados confirmam a possibilidade de emprego dessas espécies de forrageiras tropicais como matéria-prima para produção de etanol em grande escala.


Palavras-chave


capim-elefante; capim-colonião; sorgo forrageiro; álcool

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