Diversidade de colêmbolos (Hexapoda) de acordo com o gradiente de altitude

Arturo García-Gómez, Gabriela Castaño-Meneses, José Guadalupe Palacios-Vargas

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do gradiente de elevação na diversidade de Collembola, em uma floresta temperada no Vulcão Iztaccíhuatl, México. Quatro expedições foram organizadas de novembro 2003 a agosto 2004, em quatro altitudes (2.753, 3.015, 3.250 e 3.687 m). Em cada local foram medidas a temperatura, a concentração de CO2 e a umidade do ar, além da inclinação do terreno. A influência de fatores abióticos na composição da fauna foi avaliada nos quatro locais de coleta, por meio da análise de correspondência canônica. Coletaram-se 24.028 espécimes, distribuídos em 12 famílias, 44 gêneros e 76 espécies. Mesaphorura phlorae, Proisotoma ca. tenella e Parisotoma ca. notabilis foram as espécies mais abundantes. A diversidade e a equitabilidade mais elevadas foram registradas a 3.250 m (H' = 2.85; J' = 0.73). A análise canônica mostrou que os eixos de correspondências 1 e 2, juntos, explicam 67.4% da variação na composição específica, em que o CO2 e a altitude explicam melhor o eixo 1, ao passo que a inclinação e a umidade estão mais bem relacionadas ao eixo 2. Os resultados mostraram que o CO2 é um fator importante para explicar o agrupamento das espécies de Collembola, juntamente com a inclinação e a umidade.


Palavras-chave


Collembola; análise de correspondência canônica; CO2; comunidades da mesofauna; variação espacial

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