Deficiência hídrica no consórcio milho x caupi.

Francisco José A. Fernandes Távora, Luiz Henrique de O. Lopes

Resumo


Milho (Zea mays L.), cv. Jatinã C-3 anão e caupi (Vigna unguiculata (L.) WaIp), cv. Pitiúba, cultivados isoladamente e em consórcio, foram submetidos a estresse hídrico em duas fases distintas do ciclo biológico. O trabalho foi realizado em campo, de novembro de 1982 a março de 1983, em Petrolina, PE. O nível de estresse hídrico foi determinado em função das características físico-hídricas do solo. A irrigação era feita quando a tensão da água no solo atingia - 0,3 a - 0,4 MPa nas parcelas estressadas e - 0,02 a - 0,03 MPa nas parcelas controle. A variação do teor de água na planta e no perfil do solo foi monitorada através do potencial hídrico foliar e do método gravimétrico, respectivamente. O efeito do estresse hídrico nas plantas foi avaliado determinando-se a taxa de crescimento da cultura, produção de grãos e componentes de produção. O milho mostrou-se muito sensível à deficiência hídrica, com efeito mais pronunciado na fase reprodutiva; a redução no seu rendimento foi mais expressiva em cultivo isolado. A produtividade do caupi não foi afetada pelo nível de estresse hídrico, pelo sistema de cultivo consorciado, devido à elevada redução do número de vagem/planta. O consórcio milho x feijão foi mais eficiente em termos de uso eficiente da terra em condições de deficiência hídrica. O milho apresentou maior estabilidade de produção quando consorciado com caupi.


Palavras-chave


Vigna unguiculata; estresse hídrico; Zea mays.

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