Variabilidade genética de Phakopsora pachyrhizi avaliada por meio de marcadores microssatélites

Nely Norder Tschurtschenthaler, Elisa Serra Negra Vieira, Tatiane Dalla Nora, Ivan Schuster

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade genética da ferrugem‑asiática‑da‑soja no Brasil, com uso de marcadores microssatélites. Populações de esporos de Phakopsora pachyrhizi coletadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do país foram submetidas à análise de variabilidade genética, avaliada por meio de marcadores microssatélites específicos para o fungo. Foram coletadas, também, populações de fungo em diversas variedades de soja em uma mesma localidade, incluindo populações com lesão “reddish‑brown” (RB). Entre essas populações, não houve variabilidade. Tecidos com lesões RB não apresentaram esporos do fungo e não amplificaram com os marcadores específicos para P. pachyrhizi. A variabilidade genética entre as populações coletadas nas três regiões variou de 0 a 0,36. Observou-se tendência de agrupamento das populações da região Sul e Centro Oeste do Brasil em grupos diferentes. A existência de variabilidade genética em populações de P. pachyrhizi é um indicativo de que a resistência genética vertical, conferida por genes únicos, é uma estratégia de risco para os programas de melhoramento genético que visam a resistência à ferrugem‑asiática‑da‑soja no Brasil.

Palavras-chave


Glycine max; diversidade genética; ferrugem‑asiática‑da‑soja; resistência genética; resistência vertical; SSR

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