Relação entre a presença de cupinzeiros e a degradação de pastagens

Sandra Santana de Lima, Bruno José Rodriques Alves, Adriana Maria Aquino, Fábio Martins Mercante, Érika Flávia Machado Pinheiro, Selenobaldo Alexinaldo Cabral Sant'Anna, Segundo Urquiaga, Robert Michael Boddey

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar indicadores químicos, físicos e biológicos da degradação de pastagens em áreas contrastantes quanto à ocorrência de cupinzeiros. Foram avaliadas as áreas de pastagem com a cultivar Marandu de Urochloa brizantha (Syn. Brachiaria brizantha), quanto à ausência (pasto 1) ou à presença (pasto 2) de cupinzeiros, e área com vegetação nativa de Cerrado. Foram avaliados: granulometria e fertilidade do solo; atividade microbiana do solo; nitrogênio potencialmente mineralizável; produção da gramínea em oferta; liteira existente e depositada no período de 28 dias; e fração leve da matéria orgânica do solo. No pasto  2, os cupinzeiros foram contados e 20  ninhos foram sorteados para coleta e identificação de cupins. Cornitermes cumulans foi a única espécie coletada, com média de 128 ninhos por hectare, tendo ocupado 0,1% da área útil. Entre os indicadores avaliados, apenas a oferta e a liteira diferiram entre as áreas de pastagens. A maior densidade de cupinzeiros não pode ser relacionada à acidez do solo ou aos outros parâmetros avaliados. A presença de cupinzeiros não é indicador de degradação química e biológica da pastagem e não está associada à alteração na dinâmica de resíduos da parte aérea de capim-marandu.


Palavras-chave


Brachiaria brizantha; Cornitermes cumulans; cupins; montículos; pastagem degradada

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