OS RURAIS E OS AGRÍCOLAS DE SÃO PAULO NO CENSO DE 2000

Angela Kageyama

Resumo


A população ocupada na agricultura no Estado de São Paulo reside majoritariamente em áreas urbanas; os residentes em domicílios rurais têm, em sua maioria, ocupações não-agrícolas. Essa interseção cada vez menor entre o rural e o agrícola é explorada a partir dos dados do Censo Demográfico de 2000, comparando as formas de ocupação e renda dessas populações em cinco grupos de mesorregiões de São Paulo. Diversamente do que ocorre em países desenvolvidos, dominam a baixa qualificação e a precariedade das ocupações não-agrícolas, mesmo no estado mais rico da Federação, concentrando-se no serviço doméstico (remunerado) e no trabalho de baixa qualificação na construção civil (pedreiro). Só na faixa de maior renda (20% mais ricos) e na Região Metropolitana de São Paulo observa-se maior diversidade e melhor qualificação das ocupações, como gerentes, vendedores e escriturários, com menor peso do serviço doméstico e da construção civil.


RURAL AND AGRICULTURAL WORKERS OF SÃO PAULO
IN THE CENSUS OF 2000
Abstract
Most of the agricultural workers in São Paulo, the wealthiest State of Brazil, live in urban areas. More than 50% of the workers living in rural households have non-agricultural jobs. In this paper, data from the Census of 2000 are used to analyze the decreasing intersection between "rural" and "agricultural" in five regions of the State of São Paulo. In contrast to what seems to happen in developed countries, in all regions of São Paulo the most common occupations are unskilled (such as house-maids and labourers working on the construction of buildings). For the richest 20% of the population, especially for those living in the metropolitan areas, there is a degree of diversification of off-farm occupations, in areas such as management, sales, and administration.

Palavras-chave


domicílios rurais, ocupações não-agrícolas, renda.

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct2003.v20.8752