Composição fenólica e características cromáticas da epiderme de uvas e vinhos ‘Merlot’ tratados em pré-colheita com regulador vegetal e bioestimulantes

Isabela Leticia Pessenti, Ricardo Antonio Ayub, José Luiz Marcon Filho, Renato Vasconcelo Botelho

Resumo


O desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis para a melhoria da qualidade de uvas viníferas pode contribuir para o avanço da indústria vinícola do ponto de vista econômico e ambiental. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de ácido abscísico (S-ABA), de extrato de alga Ascophyllum nodosum (AN) e de gel de Aloe vera (AV) da videira ‘Merlot’ sobre as características fenólicas de uvas ‘Merlot’. Os tratamentos foram: 1) testemunha (água); 2) S-ABA 400 mg L-1; 3) S-ABA 600 mg L-1; 4) AV 200 mL L-1; 5) AV 400 mL L-1; 6) AN 0,2 mL L-1; e 7) AN 0,4 mL L-1. Foram realizadas as aplicações no estágio, quando as bagas atingiram 50% de coloração. Avaliaram-se, na epiderme, os teores de antocianinas e polifenóis totais, e a atividade das enzimas fenilalanina amônia-liase (FAL), polifenoloxidase (PPO) e peroxidase (POD). No vinho, avaliaram-se as antocianinas e polifenóis totais, antocianinas monoméricas, índice de coloração e atividade antioxidante (DPPH). As aplicações de S-ABA aumentaram o teor de antocianinas e polifenóis totais e a atividade de FAL na epiderme das uvas, tendo aumentado também as antocianinas monoméricas no vinho. O AV a 400 mg L-1 apresentou efeito positivo no aumento dos teores de polifenóis totais e na atividade da enzima PPO. Para as análises do vinho, gel de AV e extrato de AN aumentaram o teor de antocianinas totais e a DPPH.


Palavras-chave


maturação fenólica; vinificação; viticultura sustentável

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DOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct2022.v39.27021