Seleção de reprodutores de camarão livres da síndrome da mancha‑branca e da necrose infecciosa hipodermal e hematopoiética

Carlos Cesar de Mello Junior, Gael Yvan Leclercq Delsol, Emmerik Motte, Virna Alexia Cedeño Escobar, Pedro Filipe Rey, Mauricio Laterça Martins, Luis Alejandro Vinatea Arana, Giovanni Lemos de Mello, Alvaro Pestana de Farias, Xavier Antonio Serrano Arguello, John Erick Montaño Maridueña

Resumo


O objetivo deste trabalho foi selecionar reprodutores de Litopenaeus vannamei sobreviventes de um surto do vírus da síndrome da mancha-branca (WSSV), adaptados às condições locais e diagnosticados negativamente para WSSV e para o vírus da necrose infecciosa hipodermal e hematopoiética (IHHNV), e avaliar se esta extratégia é uma alternativa viável para produção em Santa Catarina. Foram selecionados fenotipicamente 800 machos e 800 fêmeas, de um viveiro. Análises de nested-PCR de 487 fêmeas e de 231 machos, sexualmente maduros, mostraram que 63% das fêmeas e 55% dos machos estavam infectados com IHHNV. Os animais livres de IHHNV foram testados para WSSV, e os considerados duplo negativos destinados à reprodução. As pós-larvas produzidas foram estocadas em nove berçários, para análise. Das 45 amostras, com 50 pós-larvas cada, apenas duas foram positivas para IHHNV e nenhuma para WSSV. Os lotes de pós-larvas diagnosticadas livres de vírus por nested-PCR foram encaminhados para seis fazendas. Foi realizada análise comparativa em viveiros de engorda, entre pós-larvas locais e pós-larvas do Nordeste do Brasil. Também foram analisados caranguejos (Chasmagnathus granulata), siris (Callinectes sapidus) e lebres do mar (Aplysia brasiliana), que são possíveis vetores dos vírus. A média de sobrevivência foi de 55% para as pós-larvas locais e de 23,4% para as pós-larvas do Nordeste. As lebres do mar apresentaram prevalência de 50% e os caranguejos de 67% de WSSV.

Palavras-chave


Litopenaeus vannamei; reprodução; epidemiologia; nested-PCR

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